Dicas de Português com o professor Sergio Nogueira

O uso do hífen com o prefixo SUB mudou com o novo acordo ortográfico?
Com o prefixo SUB, só devemos usar o hífen quando a palavra seguinte começar por “b” ou “r”: sub-base, sub-reino.
Se a palavra seguinte começar por qualquer outra letra, devemos escrever “tudo junto”: subententido, subemprego, suboficial, subdelegado, subchefe, subgerente, subsequente, subeditor, subitem, subsecretário…
Segundo o novo acordo ortográfico, a única novidade é o uso facultativo do hífen quando a palavra seguinte começa por H: sub-humano ou subumano, sub-hepático ou subepático…

ANEXO ou EM ANEXO?
Tanto faz. As duas formas são possíveis:
“O documento segue ANEXO” ou
“EM ANEXO, segue o documento”.
Devemos tomar cuidado com a concordância:
a) A forma EM ANEXO é invariável:
“EM ANEXO, segue a nota fiscal”
b) ANEXO deve concordar com o substantivo ao qual se refere:
“A nota fiscal segue ANEXA”
“Os formulários estão ANEXOS”.

TINHA ou TERIA?
Leitor não gostou da frase: “Se não fosse favoravelmente, o juiz tinha indeferido”.
O leitor tem alguma razão. Ele acha que o correto seria o uso de TERIA (= futuro do pretérito) em vez de TINHA (= pretérito imperfeito do indicativo), para respeitar a correspondência dos tempos verbais: pretérito imperfeito do subjuntivo (= FOSSE) com o futuro do pretérito (= TERIA).
É o mesmo caso de:
“Se não CHOVESSE, eu IRIA ao jogo”.
“Se ainda HOUVESSE tempo, ele DEVERIA aceitar o caso.”
O uso do pretérito imperfeito do indicativo em lugar do futuro do pretérito do indicativo não é um erro gramatical. No português de Portugal, isso é muito frequente e aparece, inclusive, em textos clássicos. Há vários exemplos em Os Lusíadas, de Luís de Camões.
No Brasil, hoje em dia, isso está virando realidade. É muito comum ouvirmos: “Se não chovesse, eu IA ao jogo”.
Embora não seja erro, prefiro o uso do futuro do pretérito: “Se não chovesse, eu IRIA ao jogo”.

*Mais dicas em: http://g1.globo.com/platb/portugues

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